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A FÉ QUE PERMANECE!

"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor" (1 Coríntios 13.13).      “Nada há de permanente, a não ser a mudança”. [Heráclito]. O losofo grego (pré-socrático), pontua a transitoriedade das nossas construções sócio culturais. Contudo, para os cristãos, algumas coisas ou realidades são permanentes, pois devem ser construídas dia a dia, até que venha Jesus Cristo, o Senhor. Neste sentido, seguimos São Paulo: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, porém o maior destes é o amor” (1 Coríntios 13:13). Estas três virtudes basilares da vida cristã aparecem juntas várias vezes no Novo Testamento, pois descrevem e apontam para atitudes fundamentais na vida cristã. Elas também balizam a teologia paulina, ou seja, como o grande apóstolo aos gentios percebe o sentido da vida em Jesus Cristo, especialmente o sentido do viver cristão no mundo. Assim, o autor da carta aos Hebreus declara: “A fé é o rme fundamento...” (11.1); e, “sem fé é impossível agradar a Deus” (11.6). Pela fé que provém de Deus nosso pai - através do seu Espírito Santo -, temos esperança. São Paulo preleciona: "... a m de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por ancora da alma, segura e rme ..." (Hb 6. 18, 19). Logo, estamos rmados em Cristo Jesus, âncora, autor e consumador da nossa na fé (Hb 11.3). Pela fé servirmos a Deus e ao nosso semelhante, pois somente pela fé é possível agradar a Deus. Na carta aos Colossenses, a ênfase de Paulo é posta na fé que se traduz em serviço sacerdotal, ou seja, em amor aos irmãos em Cristo (Col 1.4,5). Destarte, amados irmãos agradamos a Deus vivendo e servindo pela fé. O sentido da fé que Deus espera encontrar em nossas vidas, decorre da presença de seu amor derramado pelo Espírito Santo em nossos corações. Aos Tessalonicenses, Paulo acentua o que Deus espera dos seus lhos: “Recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da rmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1.3). Assim, as três virtudes – fé, esperança e amor -, se correlacionam e interagem entre si. Trata-se, desse modo, da manifestação do amor de Deus em termos práticos, pois a fé fortalece a esperança; e, sobretudo, a fé e a esperança traduzem o real sentido do amor de Deus, do amor a Deus e ao nosso semelhante. Portanto, o cristão deve exercitarse na fé, na esperança e no amor. Em relação a Fé, a ênfase, conforme Denis Allan é posta no seguinte: (1) A fé precisa ser ativa. Paulo elogia os tessalonicenses pela operosidade da fé. A fé que agrada a Deus é muito mais do que apenas pensamentos ou aceitação mental do testemunho das Escrituras. A fé verdadeira opera (realiza): “... a fé sem obras é morta” (Tiago 2:26); (2) O amor precisa ser sacricial. É mais do que um sentimento. O amor exige abnegação, colocando outros acima dos nossos próprios interesses (Romanos 12:9-10,16); e, nalmente, (3) A esperança precisa ser rme. Se vacilarmos na conança em Deus, não conseguiremos resistir nas horas de provações e tentações. “Guardemos rme a conssão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é el” (Hb 10:23). A nossa geração precisa não apenas crer, mas pela fé, por em prática a verdadeira fé, pois é o que Deus espera dos seus lhos. A Fé e a esperança – entregue por Deus aos santos -, se equivalem e se completam de tal maneira, que às vezes quase se confundem. E, por isso Pedro exorta: "Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão da vossa esperança" (1 Pd 3.15). Portanto, dar razão da própria esperança signica, neste contexto especico, lutar pela fé e defender a própria fé. A âncora é um belo símbolo da fé e da esperança cristãs. É o que Judas acentua 1.3 b: “exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Judas 1:3). Os que desejam realizar uma obra que permaneça por toda eternidade devem conar em Deus. A fé que permanece para sempre é a que procede de Deus, sendo posta a serviço do reino de Deus e de sua igreja. Amados irmãos que benção é viver e servir pela fé, pois isto exalta, honra e glorica a Deus. Quando penso na fé que glorica a Deus, lembro da galeria dos homens e mulheres que viveram e morreram pela fé (Hebreus 11.1 ss). Suas vidas de amor e sacrifício pelo reino e igreja do são uma inspiração permanente para os cristãos destes tempos difíceis. Jonh Gill, disse, com razão: “A fé é a graça pela qual um homem vê a Cristo, vai até ele, se vale dele, recebe-o, depende dele e vive por meio dele”. Que possamos viver pela fé hoje e sempre, esperando a vinda gloriosa do Senhor Jesus, “autor e consumador da fé” (Hb 11.3) e, que nos redimiu da perdição (Efésios 1-8), trazendo-nos da morte para a vida abundante. Amem. Pr. Antonio Sérgio

PR. ANTONIO SÉRGIO

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