DIZIMAIS OU DESPREZAIS? (Ml 3.10; Mt 23.23) | A DOUTRINA DOS DÍZIMOS E OFERTAS À LUZ DAS ESCRITURAS
Esta doutrina é extremamente importante para a vida espiritual do povo de Deus. Um dos grandes privilégios da vida cristã é contribuir para a construção do reino de Deus e da Igreja de Cristo. Logo, é indispensável que conheçamos a doutrina bíblica acerca dos dízimos e ofertas, até para podermos participar das alegrias e das bênçãos do Senhor prometidas aos éis. Algumas considerações: Quem a estabeleceu? Deus (Gn 14.20; Lv 27.30-34; Dt 14.22); Com que nalidade e à quem se destinava? Sustento dos Levitas. E, assim, de todo o ministério sacerdotal (Num.18.21; Nem 10.37ss).
E quanto à Igreja de Cristo dos dias atuais, de que forma deve ser sustentada? Antes de responder sobre a igreja, consideraremos Israel. Iniciemos pelos Patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó. Todos eram dizimistas! Assim, lemos: 'E, Abraão deu-lhe (Melquisedeque), o dízimo de tudo' (Gn. 14.20); Isaque e Jacó, de igual forma: 'Se me abençoares, te darei o dízimo de tudo' (Gn. 28.22). Ao entrarem na terra da promessa - Canaã, a atual Palestina -, Deus ordenou a seu povo por meio de Moisés: 'O dízimo será santo ao Senhor' (Lv.27.32; Dt. 26.10); e, Josué, já na terra prometida: 'Esforçai-vos para fazerdes tudo quanto está na lei de Moisés'(Js.23.6). No período dos Juízes, dos Reis de Israel e dos profetas - antes e depois do Exílio (587 a. C)-, esta mesma doutrina foi ensinada ao povo de Deus, conforme o texto de Malaquias demonstra: 'Trazei todos os dízimos à Casa de Deus ...' (3.8-10). Desse modo, conclui-se que: O dízimo antecede a Lei. Esta só seria dada ao povo de Deus, 430 anos depois de Abraão haver entrado no Egito. Destarte, argumentar não dizimar, porque o mesmo pertence à Lei é, não apenas desconhecer o que a bíblia ensina, é desobediência e falta de visão, sobretudo de amor a Deus e a Sua Igreja!
Consideremos, amados, os dias de Jesus e da Igreja. É que alguns crentes imaginam que o Novo Testamento os desobriga de dizimar e ofertar. Pelo contrário! Ouçamos o Senhor Jesus. Ele disse aos Fariseus: 'Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importantes da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém fazer estas coisas, e não omitir aquelas'(Mt. 23.23). Amados não se faz necessário qualquer comentário acerca do texto, pois sua clareza é meridiana. E, já que é assim, resta-nos apenas uma opção: obedecer ou desobedecer ao Senhor! Qual sua opção? Que seja a primeira. É a minha oração! Tenho certeza que este é o desejo do coração de Deus para abençoá-lo, conforme sua Palavra deixa claro em todos os textos considerados. Destarte, só existe uma razão para não dizimarmos: incredulidade e desobediência explícita à palavra de Deus e, consequentemente, a Palavra de Jesus Cristo e dos Apóstolos!
Portanto, apresento algumas razões para dizimarmos e ofertarmos com alegria para expansão da Igreja de Cristo, à luz de Malaquias 3.8-10; Mateus 23.23, conforme segue: 1. Dizimar é um ato de amor à Deus; 2. Dizimar é um ato de amor á Casa de Deus; 3. Dizimar é um ato de gratidão à Deus; 4.Dizimar é um ato de consagração à obra de Deus- missões, evangelização, sustento do ministério e expansão da igreja de Cristo no mundo, dentre outras similares. Mas, ainda assim, alguém pergunta: - Pastor e hoje, a doutrina do dízimo ainda está em vigor?Não somente a doutrina, mas também as promessas de Deus relativas aos éis (Ml 3.8-10; Mt 23.23). - Esta promessa do Senhor é uma realidade em minha vida? Depende! Aos seus servos éis, Deus promete: 'Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a medida com que medirdes vos medirão de novo” (Lc 6.38). Contudo, aos inéis, diz o Senhor: “Vede, pois como ouvis; porque a qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver até o que parece ter lhe será tirado'(Lc. 8.18). Sejamos amados irmãos, dizimistas éis ao Deus que é eternamente el, pois nos tem abençoado plenamente com toda a sorte de bênçãos em Jesus, o Senhor (Ef. 1.3 ss). Amém!
PR. ANTONIO SÉRGIO
