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A Ceia do Senhor: “... Isto é o Meu Corpo” Sentido Histórico e Implicações Para o Cristão

A celebração da Ceia Memorial, ou Ceia do Senhor nos dias atuais não desperta tanta atenção por parte dos membros do corpo de Cristo. Na verdade, poucos sabem dos embates e cisões provocadas quanto a compreensão deste cerimonial. De acordo com o texto, Jesus, antecipou por meio da celebração da Páscoa Judaica, o cumprimento das profecias, ou seja, de que nele, o último e definitivo Cordeiro pascoal, Deus cumpriria, as profecias da redenção não apenas de Israel, mas, também, de toda a humanidade (Jo 1.29; Hb.9.14,15; 10.9-22). Assim, a afirmação do Senhor Jesus “isto é o meu corpo”, feita pouco antes da sua paixão e morte na cruz (Mt 26.26) é uma das frases que mais têm originado debates ao longo da história da igreja. Discute-se, portanto, em termos teológicos qual o sentido do “pão” e do “vinho”, resultando, numa série de interpretações que tem dividido a Igreja ao longo dos séculos. E, assim, destas, destacamos as quatro concepções mais importantes entre os cristãos: transubstanciação (Católica), consubstanciação (Luterana), presença espiritual (Calvinista ou Presbiteriana) e memorial (Zwinglio/Batista). No sermão desta manhã faremos uma exposição pormenorizada de cada uma delas, mas, trataremos aqui da posição Batista, ou seja, como entendemos o sentido MEMORIAL/ORDENANÇA e a aplicação da Ceia do Senhor. E, para tanto, citamos, a DDCBB (Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira), em seu artigo IX - “O Batismo e a Ceia do Senhor”, conforme segue:

O batismo e a ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja estabelecidas pelo próprio Jesus Cristo, sendo ambas de natureza simbólica.1 O BATISMO consiste na imersão do crente em água, após sua pública prossão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, suciente e pessoal. 2 Simboliza a morte e sepultamento do velho homem e a ressurreição para uma nova vida em identicação com a morte, sepultamento e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e também prenúncio da ressurreição dos remidos. 3 O batismo, que é condição para ser membro de uma igreja, deve ser ministrado sob a invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 4 A CEIA DO SENHOR é uma cerimônia da igreja reunida, comemorativa e proclamadora da morte do Senhor Jesus Cristo, simbolizada por meio dos elementos utilizados: O pão e o vinho. 5 Nesse memorial o pão representa seu corpo dado por nós no Calvário e o vinho simboliza o seu sangue derramado. 6 A ceia do Senhor deve ser celebrada pelas igrejas até a volta de Cristo e sua celebração pressupõe o batismo bíblico e o cuidadoso exame íntimo dos participantes.


(1) Mt 3.5,6,13-17; Jo 3.22,23; 4.1,2; 1Co 11.20,23-30; (2) At 2.41,42; 8.12,36-39; 10.47,48; (3)  Rm 6.35; Gl 3.27; Cl 2.12;  (4) Mt 28.19; At 2.38,41,42; 10.48; (5, 6) Mt 26.26-29; 1Co 10.16,17-21; 11.23-29;(7) Mt 26.29; 1Co 11.26-28; At 2.42; 20.4-8.
“No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1.29). Assim, amados salvos eternamente pelo poder do sangue de Jesus e, conduzidos a comunhão dos santos de que a Ceia do Senhor e seus elementos – pão e vinho -, são símbolos permanentes da nossa comunhão com ele e os irmãos, participemos com alegria, temor e tremor do corpo de Cristo. Amem

PR. ANTONIO SÉRGIO

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