DEPRESSÃO: se eu for a próxima vítima?
Segundo a Organização Mundial de Saúde[1], há no mundo 300 milhões de pessoas afetadas pela depressão, sendo notório o crescimento do número de diagnósticos da doença que é chamada de mal do século. Este alarmante dado, somado ao fato de vivenciarmos com cada vez mais frequencia o diagnóstico de pessoas proximas (amigos, familiares, colegas de trabalho, entre outros) pode nos trazer a preocupação de um dia sermos acometidos por este mal. É importante ressaltar que o diagnóstico não é uma “sentença de condenação”, no sentido de que não há mais o que possa ser feito, pelo contrario, é o primeiro passo para que o caminho para a cura seja traçado. Os sintomas são diversos, contudo os mais frequentes são o desinteresse por atividades antes tidas como prazerosas; falta de energia; sentimento constante de culpa ou inutilidade; pensamentos de morte; diminuição na capacidade de concentração; isolamento; distúrbios do sono e alimentares, e variação de humor. Estes sintomas não aparecem isoladamente, de modo que é comum a associação destes, variando apenas a intensidade de cada um. Contudo, suas origens são discutíveis, podendo ser biológica (hereditária) ou psico-sociológica, como respostas a afetações sociais na psique. Os “gatilhos” são multifatoriais, psicológicos ou fisiológicos quanto à origem, porém tornando-se psico-fisiológicos no desenvolvimento, a exemplo de alguém que é deprimido fisicamente pelo uso de medicamentos depressores, utilizados para tratamento de outra doença, e agrava a depressão ao pensar no sofrimento ocasionado pelos sintomas; ou alguém que perde um ente querido e mergulha em um estado psíquico depressivo, causando um desequilíbrio físico, corroborando para o surgimento dos sintomas físicos. Deste modo, o individuo vivencia um ciclo de afetação, no qual “sente no corpo” e afeta a mente, “sente na mente” e afeta o corpo. Ao ter seu bem-estar psicológico, físico ou social prejudicado por estes sintomas, você deve procurar os profissionais de saúde para diagnóstico e tratamento adequado, sendo, na maioria dos casos, realizado tratamento multidisciplinar com psiquiatra e psicólogo, além de outros profissionais indicados por estes. O receio quanto ao uso de medicamentos deve ser deixado de lado, pois se eles são aliados no combate de várias doenças, por que com a depressão seria diferente? Tampouco deve existir preocupação com possíveis preconceitos sociais com relação à doença, afinal de contas, a saúde é um desejo comum a todos! Neste sentido, caminhar pelo caminho para a cura implica em não negar a existencia da doença e saber que, se em algum momento da vida você for acometido por este mal, você pode ser curado com o tratamento adequado. [1] http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs369/es/